O caminho do rio
O rio começa
Da nascente
Com água surgindo
Do fundo da terra
Saindo da nascente
A água corre
Como fio
Rumo ao desconhecido
O rio vai crescendo
Vai ganhando corpo
Adquirindo
Extensão, profundidade e volume
O rio amadurece
Vira a casa dos peixes
E depende da floresta
Para continuar amadurecendo
O rio vira adulto
Conhece o homem
Conhece as matas
Conhece a terra
O rio desce
Se depara com as rochas
Vira uma corredeira
Sofre para encontrar seu destino
Depois da sofrível corredeira
O rio se tranquiliza
Suas águas se tornam
Um santuário de vida aquática
O rio caminha e vê
O canoeiro
O pescador
O jangadeiro
O rio aceita resignado
As hidrelétricas
Os portos
A poluição
O rio vai envelhecendo
Até que morre
Quando se encontra
Com as águas do mar
Bruno Augusto Valverde Marcondes de Moura
O rio começa
Da nascente
Com água surgindo
Do fundo da terra
Saindo da nascente
A água corre
Como fio
Rumo ao desconhecido
O rio vai crescendo
Vai ganhando corpo
Adquirindo
Extensão, profundidade e volume
O rio amadurece
Vira a casa dos peixes
E depende da floresta
Para continuar amadurecendo
O rio vira adulto
Conhece o homem
Conhece as matas
Conhece a terra
O rio desce
Se depara com as rochas
Vira uma corredeira
Sofre para encontrar seu destino
Depois da sofrível corredeira
O rio se tranquiliza
Suas águas se tornam
Um santuário de vida aquática
O rio caminha e vê
O canoeiro
O pescador
O jangadeiro
O rio aceita resignado
As hidrelétricas
Os portos
A poluição
O rio vai envelhecendo
Até que morre
Quando se encontra
Com as águas do mar
Bruno Augusto Valverde Marcondes de Moura