PINGOS DA CHUVA
Os pingos da chuva
Molham a rua deserta.
A lua preguiçosa
Logo se recolheu,
E as estrelas adormeceram
Nos braços,
De uma nuvem cinzenta
Que começava acordar.
Aos poucos o silêncio
E a melancolia
Vão ocupando seu espaço.
A neblina que cai,
Transforma o cenário
De brilho e fantasia.
Os pingos da chuva,
Deixam a cidade mais triste.
Indolentemente à noite
Recolhe-se ao seu palácio,
Levando consigo
A intrepidez dos seus súditos,
Encharcados pelos drinques
Que não foram consumidos,
Pelo desejo reprimido
Na alma, de um amor,
Que não aconteceu.