A falta de...
Só se dá importância à caneca, quando a torneira pinga fraca.
E um filete escorre bambo, deixando-lhe na boca - a baba.
Para arrematar a feiura deste quadro.
Entre macias e quentes poltronas de um carro
A alma anseia por águas puras e fartas.
O sertão vai virar mar?
O centro-oeste em que vai dar?
No sul bóia gado e peão.
Só sei que a falta deste líquido
Deixa seco paladar
E triste o coração.
Pego-me a indagar, então:
Em que preciosidades
repousamos a razão?