FOLHA SECA
Aos poucos perde seu verde...
lentamente aqui se esvai
como se eterna fosse
sua bela vida vai.
Amarelada em seu disfarce
pula num voo suicida
entrega-se aos braços da sorte
e amanhã é esquecida.
Em seu sepulcro deitada
sozinha aos poucos desvanece
o vento solícito a embala
a desperta, pois adormece.
Folha seca sem destino
perdida, arrasta-se abandonada
fôra entregue à morte, imagino...
pela estação foste rejeitada.
Marcelo Queiroz
25/03/14
09:06h