VERSOS CAMPESINOS

Olho agora

para a viçosa planta,

e vejo nela

a poesia campesina;

cuja seiva

poética me encanta,

fluindo,

como aguada

cristalina;

e o sol,

no horizonte,

se levanta,

já iluminando

a natureza

divina.

E vejo nela,

a poesia campesina;

abelha a colher

o néctar da flor;

riso sobre

a relva

da linda menina;

arco-íris

multicor

no céu do Criador;

bebe, poeta,

da orvalhada

matutina;

e após, admira

a revoada

do beija-flor.

Cuja seiva

poética

me encanta,

qual viço

do girassol

na primavera;

lavrando

a terra,

jamais se espanta

o camponês,

que a chuva,

sempre espera;

mas o sol,

durante o dia,

sorri com

alegria tanta,

que a poesia

agreste, parece

ser uma quimera.

Fluindo,

como aguada

cristalina,

descem os meus

versos

pela correnteza;

vão-se, eu sei,

um tanto lentos,

mas não mais

os consigo

alcançar;

só os peixes

os alcançam,

quando querem,

e os conduzem

ao imenso mar;

porém,

não me importo

se já se foram;

não tenho

que retê-los

pra sempre

em mim;

se teriam

que sair mesmo

do casulo

poético, para

após, voarem

como alma

alada pelos

ares espirituais.

E o sol,

no horizonte,

já se levanta;

e a luz

do seu sorriso,

se derrama

nos prados

verdejantes;

na brisa

fresca da manhã,

voeja como pássaro,

a minha poesia;

soltam-se e vão-se

de mim esses

versos campesinos;

como lãs

de nuvens brancas

desmanchando-se

tão lentas,

enquanto

não se diluem

em pesadas

gotículas chuvosas.

Já iluminando

a natureza divina,

o sol também

ilumina os meus

versos, a se nutrirem

da paz campesina,

provinda das energias

vegetais fluídicas,

derramadas

diariamente

pelos anjos celestiais.

E quando o sol

no ocaso produz

a beleza

do crepúsculo solar,

dos meus versos

campesinos

se irradiam

o brilho fulguroso

do luar

prevalecente

no anoitecer.

É quando

o aroma das plantas

orvalhadas

se espalha

suavemente,

levado pelo vento

noturno,

perfumando

os diversos

recantos bucólicos,

onde outros versos

ainda dormem

profundamente,

à espera de serem

liricamente cantados!

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 16/10/2014
Reeditado em 23/06/2022
Código do texto: T5001735
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.