APELO
Tempo cinzento!
Que derrama
Suas lágrimas
Molhando a terra.
Gotas de cristais
Que brotam dos olhos
Da natureza carente,
Que clama por consciência.
O ardente fogo!
Que queima a vida
Do planeta.
Centelhas vermelhas
Que contrasta
Com o verde das matas.
Fagulhas inflamadas!
Que exterminam a espécie,
Que silenciou o canto
Das cachoeiras.
Um grito aflito eclode
No universo perdido,
Aos poucos tudo se vai.
A voz dos pássaros
Emudeceu o eco do clamor
E, o sol perdeu o seu brilho.