O RIO

O amor corre no sangue

como um doce manancial,

fonte de primitiva primavera

oriunda das neves do tempo,

degeladas em desejos e sede.

Faz-me rio nas curvas de teu corpo

e nos recôncavos do meu,

e é fome de prazer

a transformar-se

em corredeiras de ânsias

por despenhar-se...

Na correnteza silente,

a doce espera

e o gemido de desmaio

em redemoinho

até a volúpia da cachoeira.

E então a queda

O grito e o abraço...

enquanto a vida ressuma

uma doçura de morte

na inconsciência da espuma.

Waldy Würdig
Enviado por Waldy Würdig em 11/10/2014
Código do texto: T4995599
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