O cheiro do mato molhado..
da terra seca devastada..!
a chuva quase um pinguado..
na floresta seca arrasada..

o cheiro do capim ressecado
da grama sem cor,e sem vida
a chuva ainda, um pinguado...
no coração de gente perdida..

o ruído do vento enfurecido
trovões e raios iluminados..!
e a chuva ainda, um gemido..
diiante meus sonhos arruinados...

o cheiro das flores umedecidas
que se quedam mortas de sono
sob negras nuvens enfurecidas
que rosnam feito um cão sem dono..!

não haverá sonhos..!
não haverá certeza..!
somente ruídos estranhos
e um sombra que rasteja
entre um gotejar de lágrimas
da chuva que respinga em mim
que mais parece lástimas..
de um pesadelo sem fim..!

um sonho que respinga..!
restos de minha alma que se esvai
entre a natureza morta que se vinga
daqueles que rebelam contra o Pai...
e que se tornam..seres sem alma
e aos poucos, padecem na lama..!

um sonho que agora mingua
uma chuva que apenas pinga
e respinga em mim
seu derradeiro pingo
e fazendo assim, eu me vingo..!

mesmo que seja apenas um pingo..
mesmo que seja apenas um xingo...

não haverá perdão...!


II PEDRO 3.11/13
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 02/10/2014
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