TEMPESTADE
Um forte ribombar causa total pavor
Ventos indicam grandiosa velocidade,
No alto e escuro céu pavoroso clangor,
São sáfaros trovões duma tempestade.
Ventos indicam grandiosa velocidade,
No alto e escuro céu pavoroso clangor,
São sáfaros trovões duma tempestade.
Cúmulos, nimbos, trinos raios são açoites,
Relâmpagos deixam a terra esbranquiçada;
Revolutas nuvens, que ao dia fazem noite,
Percuciente força da natureza descontrolada.
Relâmpagos deixam a terra esbranquiçada;
Revolutas nuvens, que ao dia fazem noite,
Percuciente força da natureza descontrolada.
Zumbem granizos às vidraças espedaçadas,
Outra borrasca a esta se vem sucedendo
Em tudo as fragilidades são evidenciadas:
Desmoronado fragor, há gente morrendo!
“Das Forças quem se salvou, foi por Destino”:
Diz a pobre mulher abraçando o seu menino,
Tendo o coração ferido em seu corpo franzino.
Da janela de uma ruina, predica um velho aldeão,
Vendo a cena maternal, em meio a tal desolação:
“A Natureza mata a flor, não o Amor no coração!”