A Mata

Na alma verde da mata

Que vos vedes e mata

Nem planta

Não plantas nada

O canto da serra

Não é o canto do galo

Serra os olhos e chora

ao menos por agora

Que de lá é

a ausência minha

Clareira

Dentro do que mata?

Ao fim a serenata

Um carvalho suspira

A preguiça abandonou-se

e até a flor mais doce sucumbira

Verdades procuram verdade

Mentira da lira que canta

O encanto de nenhum canto

Sem o verde pra vos vedes

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 27/09/2014
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