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(poema inspirado e escrito às margens do "Velho Chico", quando ele ainda corria caudaloso para o mar...)


Velho  Chico
 
Rumo ao mar...
Vai o rio
Carrega lépido
O legado insólito de suas andanças
Rumoreja o torvelinho
De suas águas caudalosas
Rodopia pelos barrancos,
E abraça
 Esqueletos ressequidos
Das últimas enchentes
Captura de um galho
Irreverente bailarina
[Incólume tom violáceo
sobre o dorso turvo das águas]
Pelas margens, rouba
O derradeiro abraço do capinzal
Ainda ao longe lamenta
O adeus das aves
Na vegetação ribeirinha
Repousa nas curvas
Salta pelas cascatas
Adormece nos remansos
Ruge pelas pedreiras
Lá vai o rio...
           ... rumo ao mar...