Do tempo em que vivi lá (Sertão da Bahia)
Não nasci aqui
Poderia mudar, mas não mudo
Forço-me a ficar como quem começa um vício
Sem consciência de que vai se acostumar depois amar
E inexoravelmente o entorno se mostra
Seus detalhes, sutilezas de região
Flora ressequida, fauna quase hostil
Manifestações de vendo fora de medida e tempo
Chuvas querendo compensar o que levou pra voltar
E este sol longo, longo e intenso
Gerando este calor imenso, inacreditável...
Que chegue a brisa da noite
O surpreendente frio da madrugada
E que demore chegar nove horas
Quando os primeiros brados de fúria do astro rei
Ardem na pele
Como lembra em sua poesia “Assim”
O poeta Deley