COQUEIRAIS
Ha! Meus velhos coqueirais!
Que ornamentavam,
A minha praia deserta.
Teus frutos mitigaram a minha sede.
Sob as tuas folhagens,
Protegi-me do sol abrasador,
E descansei quando a fadiga,
Dominava o meu corpo.
Há! Meus velhos coqueirais!
Confidentes de todas às horas,
Que ocultavam meus segredos.
E acolhiam meu pranto
Em forma de seiva.
Lembranças que ficaram
Das lindas manhãs,
Ensolaradas, das velas brancas,
Deslizando suavemente
Sobre as águas azuladas do mar,
Pontilhando o horizonte distante.
Das tardes fagueiras,
Que se despediam
Num revoar de gaivotas.
Das madrugadas enluaradas,
Das paixões, dos amores,
Que se foram pra sempre.