"O amor de um cipó pelo Rio das Pedras"
Revelo o que vivenciei numa manhã de Penedo,
O cipó beijando as águas do Rio das Pedras.
Abraçando a bela árvore, amando o rio e suas quedas,
Pediu ao mensageiro: "Acorda a inspiração mais cedo".
Com certeza ao longo de seu crescimento,
Foi exemplo de como enfrentar as dores.
Invejado pelo espinhos chegou ao firmamento,
Visualizou a Mantiqueira, musa dos pássaros semeadores.
Amparou diversos ninhos,
Estendeu as mãos às flores.
Protegeu o sono dos passarinhos,
Distribuiu a luz dos acolhedores.
O cipó espera o sol iluminar com feixes,
Onde a vida divulga a essência.
Espera o rio renovado com peixes,
Pesca a saudade na paciência.
Seu amor pelo rio, amor eterno...
Imagino quando vierem as cheias,
De águas apressadas e escuras,
O cipó no mais profundo mergulho.
Ele veste a elegância da vida, respira o inverno,
Romântico, não se preocupa com invejas alheias.
Demonstra aos espinhos que o amor vive de ternuras,
Porque o rio é a sua vida... Amá-lo é o seu orgulho!
Itatiaia das Agulhas Negras
Marco A. de A. Balbo