Poesia – Hálitos da Natureza.
Deito-me debaixo do manto de estrelas
De um céu cálido e brilhante
As pérolas douradas piscando para mim
Convidando-me a uma terna namorada
Embriago-me com a luz do astro lunar
Embriago-me com o exalar do cheiro das azaleias
Que teimam em naufragar as minhas narinas com delicioso hálito
Também o hálito quente que vem das erosões das montanhas
Trazendo-me segredos misteriosos
Deixados naqueles cantos sagrados
Mergulhados em belezas fulgurais
De deuses, titãs e estátuas
Dos mitos românticos, plenos de amor
Deixando no ar o perfume dos amores
Inebriados saídos dos seus corpos
Com suas deusas saídas do profundo mar de amor
Mar de águas silenciosas, às vezes bravias
Que lutavam por prender a si os amores a ele pertencentes
Onde guardam segredos nefastos, divinos, exaustos
Fito estática meu olhar no solo lunar
Sinto meus pés pisarem este solo em algum lugar
Lugar onde as paixões humanas apreciaram
E por lá muitos e muitos anos ficaram
Onde nenhum primata jamais experimentara
Tão doce serenata de amor
Ao som das águas do mar,
Ao brilho do grande astro lunar
Nunca vira tão doce cantata no ar.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca