ÁRVORE MORTA

Triste árvore morta,

sem a prece das flores,

sem o brilho dos frutos,

esquecida na paisagem

da estrada sem destino...

Já não abriga cantigas

nem aconchego de ninhos.

Nem o sol nem o vento

penteiam seus verdes cabelos

perdidos na morte e no tempo.

Seus galhos retorcidos,

mortos, estendidos ao céu,

são braços sem sangue,

descarnados braços

suplicando em vão.

No pó do chão, o contorno

da sombra silenciosa

- esgar de medo e treva,

marca e sepultura

de todas as sementes...

Waldy Würdig
Enviado por Waldy Würdig em 16/08/2014
Código do texto: T4925128
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