A FORÇA
Ó quão bela mãe,
nasce, procria, morre,
cresce, muda, degenera,
satisfaz doces feras,
Ó insensata escolha,
libertos estão pra escolher,
escolheste como bem entende,
constroem sem permissão,
és forte, és semelhante,
deixa vivo quem respeita,
dias são diferentes,
planta, cultiva, colhe,
Ó plácido domingo,
quentes frios, acinzentados,
és tão bela como a flor,
quente como vulcão,
fazes parte da criação,
salva no último instante,
tanto tamanho, tantas medidas,
tanta investida entristecida,
competem forças com árvores,
louvam derrubadas insanas,
cavam fundo até o centro,
ouro negro os comandam,
levantam-se contra selvagens,
como selvagens se defendem,
ó mãe não os destrua,
não sabem o que fazem,
nesta terra tudo é água,
tudo é amor e oxigênio,
medidas brandas suspendem,
balança terra e mar,
raios celestes avisam,
alguém há de se vingar,
luz solar há de mostrar,
proteja-se quem puder,
não afunde perdido povo,
hão de se reagrupar.