Sossego

A cadeira de balanço

na varanda,

o rádio sueco, velho (1949)

na estronca da janela,

de mansinho o galo

passa,

ainda é cedo e ele canta,

lá na varanda o

passarinho verde pia

e a alma encanta,

o dia se levanta - glorioso,

a calma até espanta,

no quintal ciscado

as folhas da laranjeira

caídas exala o seu perfume

cítrico.