Cai ali, mas pensei: Vou  brilhar!
E tudo me indicava que sim.
Amigos, fiquei sem enxergar
Aconteceu, pobre de mim.

Era muito peso, faltava-me espaço
Remexiam  "meu eu" que desconforto.
E agora meu Deus o que faço
Desse jeito acabo  sim,  " o morto".

Não desisti, tentava ali respirar
Foi muito difícil eu confesso.
Aquietei-me e pus-me a balbuciar:
Calma. Socorro a quem eu peço ?

E no auge desta calma controlada
A resposta logo veio foi em seguida
"Dê tempo ao tempo", espere calada
Pois na hora certa refará sua vida.

E assim foi, o "tempo lento" passando
Os dias escuros quase não acabavam
E eu sufocada ali aguentando
Esperava os amigos que chegavam.

Veio o Sol quase escaldante.
Veio a Chuva que  refrescava
Veio o Vento muito pouco, distante
Veio o Tempo pelo qual eu ansiava.

O peso que diariamente acontecia
Sobre meu corpo sem quase espaço,
Alguma esperança  a mim trazia
Não podia "agora" ouvir o cansaço.

O calor, o peso, a chuva, tudo cedendo
E uma fresta de Luz apareceu
Sim, era o Sol que eu estava vendo.
Nasci! Meu coração pequenino Agradeceu.

Consegui difíceis momentos driblar
Esperei  "o Tempo" com resignação.
Agora sou mais uma Árvore a enfeitar
Os caminhos até daqueles sem compaixão!

Ass.
A Semente.



 
 
Wandamor
Enviado por Wandamor em 04/08/2014
Reeditado em 19/08/2014
Código do texto: T4908866
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