O Inverno

Na escuridão à exaustão

Contorcia-se o Vento gelado

Lançando das frondosas árvores

Folhas despidas ao chão

E as ondas gigantes no costão.

O homem adormecido

Nem a orelha deixava ao relento

Os cobertores cobriam a tudo

Das unhas dos pés ao último fio de cabelo.

Acordar no inverno é gostoso

Levantar é misericordioso

Ver pela janela embaçada

Ante os primeiros raios do sol

Que o frio queimou tudo

O capim, o bananal, o milharal, o espigão.

Até a água pareceu congelar no ribeirão.

Mas,

A sabedoria do homem é esta

Saber sobreviver discernindo com sabedoria que a beleza

é também fruto de muitas lutas entre os entes da natureza que acontecem em todas as suas estações.

Nada está imóvel no tempo que renova-se minuta a minuto

Nem as pedras

Nem o nosso corpo

Nem as nossas emoções.

Robertson
Enviado por Robertson em 27/07/2014
Reeditado em 02/08/2014
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