O Inverno
Na escuridão à exaustão
Contorcia-se o Vento gelado
Lançando das frondosas árvores
Folhas despidas ao chão
E as ondas gigantes no costão.
O homem adormecido
Nem a orelha deixava ao relento
Os cobertores cobriam a tudo
Das unhas dos pés ao último fio de cabelo.
Acordar no inverno é gostoso
Levantar é misericordioso
Ver pela janela embaçada
Ante os primeiros raios do sol
Que o frio queimou tudo
O capim, o bananal, o milharal, o espigão.
Até a água pareceu congelar no ribeirão.
Mas,
A sabedoria do homem é esta
Saber sobreviver discernindo com sabedoria que a beleza
é também fruto de muitas lutas entre os entes da natureza que acontecem em todas as suas estações.
Nada está imóvel no tempo que renova-se minuta a minuto
Nem as pedras
Nem o nosso corpo
Nem as nossas emoções.