A fenda dos olhos dessa imensa vacuidade que é  universo é um insulto profundo ao júbilo das certezas;

Onde estrelas  citilam desafiando o óleo de oliva negro da noite, conclave cego das sombras, 
As aves noturnas são para os céus, misteriosas como é o sereno, 

O vinho escuro como o firmamento,  provoca euforias étereas, em sua  doce e viciante fragrância que desce ora amargo, ora  suave pelo desfiladeiro do corpo, templo em cuja morada respiramos, como archotes vertendo óleo,

A Lua, Colossal lírio de gelo circuncisando luz em sombra, aqueduto de breu para breu, espargindo bálsamos por incontáveis estádios de comprimento, parece estar alheia ao espamos de maravilhamento doces e singelos que o vinho provoca...
Labareda
Enviado por Labareda em 22/06/2014
Reeditado em 23/06/2014
Código do texto: T4853880
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