ODE AO SABIÁ
Sabiá que gorjeia,
pensa, ser seu, meu jardim.
Entre margaridas passeia,
beija, cada uma, por mim.
Sabiá faz a festa,
com seu mavioso trinado.
Fico a olhar, pela fresta,
me ponho a sonhar acordado.
Sabiá vai embora,
noutra freguesia cantar.
Confesso que não vejo a hora,
de ve-lo, ao jardim, retornar.