POEMA CREPUSCULAR

Abro a porta pra sair

e logo a tarde me abraça

enquanto uma brisa atrevida

me faz cócegas no ouvido...

O rio me acena

com longínquos horizontes,

e a vela de um barco

é um branco e dolorido adeus.

O sol já foi embora...

Pintou o firmamento

de vermelho e amarelo,

que a noite ao vir chegando

se apressa em desfazer.

E no céu que empalidece

as estrelas esperam

a lua se enfeitar.

Há uma quietude tão serena

que ouço o suspiro da folhagem

na esperança do luar.

E imagino, na rua a ensombrecer,

as sombras de fantasmas

a andarem por onde andaram

com saudade de viver...

Waldy Würdig
Enviado por Waldy Würdig em 02/06/2014
Código do texto: T4829633
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