Fonte

Nasce e brota escorre um fio

Desce a serra de mansinho

Cor de prata escorre frio

Encharcada um laguinho

Poças rasas pequeninas

Fermentando o grotão

Nascem vidas bem singelas

Do inverno ao verão

Permeando a relva verde

Penetrando o nosso chão

Ganha margens rasga serras

Embriagando o sertão

Lava a roupa banha a alma

Vida aos peixes fisga o anzol

Mata a sede e nos acalma

Lava as pedras e brilha o sol

Umedece as raízes

De riacho um ribeirão

Seiva viva que engrandece

De arbusto um sertão

Nasceu alta gota a gota

Vem cumprindo a missão

Escorrendo sua grandeza

Até a foz da imensidão

Geraldo Faria
Enviado por Geraldo Faria em 28/05/2014
Código do texto: T4823535
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