Fonte
Nasce e brota escorre um fio
Desce a serra de mansinho
Cor de prata escorre frio
Encharcada um laguinho
Poças rasas pequeninas
Fermentando o grotão
Nascem vidas bem singelas
Do inverno ao verão
Permeando a relva verde
Penetrando o nosso chão
Ganha margens rasga serras
Embriagando o sertão
Lava a roupa banha a alma
Vida aos peixes fisga o anzol
Mata a sede e nos acalma
Lava as pedras e brilha o sol
Umedece as raízes
De riacho um ribeirão
Seiva viva que engrandece
De arbusto um sertão
Nasceu alta gota a gota
Vem cumprindo a missão
Escorrendo sua grandeza
Até a foz da imensidão