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NOITE INSÓLITA
Ouviu-se o marulho das ondas
Na madrugada de tempestades
Frio intenso
Umidade insuportável
Imagens hediondas
de imoralidades
O corpo tenso
Diante do abominável
Me recomponho
A cama tende a macerar
o corpo dolorido
Insônia danada
Não durmo, nem sonho...
Quisera relaxar
Não ouvir este ruído
Desta fria madrugada
Mas que remédio
Tempestade se diluiu
Cantos de pássaros na manhã
Tímidos raios de Sol
Assim se vai o tédio
Vaga esperança flui
Agarrado ao meu talismã
Observo o belo arrebol.