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Supernova ( O parto de uma estrela)



O berçário das estrelas luminosas
Poeira cósmica na coreografia do infinito
Silenciosa nebulosa que se expande em cores
É o começo e recomeço de tudo.

O tempo que não tem fim
O espaço onde não há limites
A matéria que se transforma incessantemente
Cadinho misterioso do todo universal

Quantos mistérios em cada partícula
Fusão e gravidade na base do equilíbrio
Nos astros incandescentes pressão e implosão se anulam
Até que um dia a equação se rompe

A grande apoteose se aproxima
A superfície da estrela inquieta se expande
A gigante vermelha cresce e aniquila tudo ao seu redor
Mil megatons projetam-se na imensidão do céu

E a ciranda das galáxias segue impassível
Uma ode harmoniosa numa pequena anã branca
Uma ordem graciosa e inexplicável
E tudo passa a fazer sentido

No novo ciclo que começa

Por fim nada se acaba
É só uma etapa
Dentro de tudo o que existe
No grande enigma do mundo

O caos se rende
À Vontade diretora que nos escapa
Esta que a tudo dirige e ordena
Nada há que A revele por inteiro