TÃO SÓ!...

Encontro-me neste mundo isolado e tão só,

Abomino protocolos, preconceitos e regras,

Convivo com a natureza, os animais, tão só,

Repudio tudo que seja imposto, leis cegas.

Vim do mato, gosto do mato, verdes meus,

Palmeiras, bananeiras, laranjeiras, amigos

Que me abrigam e protegem dos inimigos,

Água pura dos rios que me levam aos céus.

Vida selvagem, natural e bela que me seduz,

A um paraíso belo e acolhedor me conduz,

Afastado fico do turbilhão das atrocidades

Que invadem o bulício viciado das cidades.

Amores meus castos e belos, pele torrada

Pelo sol ardente, tropical, que me aquece,

Oferece-me momentos que mais apetece,

Para não me sentir tão só, vida suportada.

Tomo banhos de água e sol, durmo ao luar,

Das noites quebradas pelos ruídos meigos

Da bicharada noturna que adora namorar,

Tomando-se nos braços e trocando beijos.

Aqui tão só e lá tão acompanhado,

Meu lugar apetecido e tão sagrado.

Ruy Serrano, 01.05.2014, às 09:30 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 30/04/2014
Reeditado em 01/05/2014
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