Código da Natureza

Minha vida está algemada ao destino

Que corre indiferente: rumo desconhecido!

Sou apenas peão, lavrador deveras destemido

Que semeia palavras como andaluz peregrino.

Estrada longa... Névoa e poeira como alimentos

E rodeado por matagais virgens e solitários

Que abraçam animais silvestres e um campanário

Perdido entre exuberantes copas cativas do tempo.

Aqui e ali pássaros entoam sonatas maviosas

E a noite despenca sobre corcéis de tribos ociosas

Pelo deleite dos ritmos do bailado das gentes...

As horas se despedem a cada instante lineares,

Sempre remoçando paisagens, envelhecendo paladares

Que se nutrem pelo sabor das desvairadas sementes!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/04/2014
Código do texto: T4769254
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