Céus Negros

E aquelas luzes a cortarem os céus negros,

Atravessando o firmamento, até onde a vista alcança.

Deixam rastros no lábaro da lembrança.

E um verdadeiro frisson na mente.

Um espetáculo intenso e belo por natureza,

Que mexe profundamente com o ser,

Pulsando a emoção pura sem temer,

O vil desconhecido ante os olhos ávidos.

O horizonte profundo e completamente escuro,

Esconderijo sagaz de nossos medos recônditos,

Trás a tona a sensação do infinito,

E o doce medo de mergulhar no precipício.

Temos uma percepção superficial e macro cósmica,

Ignoramos a composição elementar da matéria,

Nossos olhos ignoram a veraz essência,

Mantendo oculta a verdadeira clarividência.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 13/04/2014
Código do texto: T4767455
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