Fazenda mato grosso
Fazenda mato grosso
Acordei com o cantar do galo índio
Em um clarão na mais bela alvorada
Rumo ao pasto, o gado vai partindo
Ficando pra traz, a poeira levantada
O vento balança as folhas do coqueiro
Anunciando no romper da escuridão
Caem ao chão as flores do umbuzeiro
É o sinal da chuva, vindo para o sertão
Olho para o calendário pregado na parede
Que trás a imagem do meu santo protetor
Ao lado da moringa que mata a minha sede
Que refresca minh’água, neste dia de calor
É na sombra de um velho tamarindeiro
Que eu armo a minha preguiçosa rede
Olhando o João - de - barro no terreiro
Construindo seu lar, em meio ao verde
Da beira do lago as garças estão partindo
Num lindo crepúsculo, rumo a imensidão
Atrás da grande serra, o sol vai sumindo
E a lenha vai queimando, no velho fogão.