O MEU AMIGO MATO
Cresci com o mato, o mato cresceu comigo,
Fomos bastante amigos,
Os ramos das árvores e os fetos verdejantes,
Eram meus confidentes,
Corria pelos carreiros e picadas do seu ventre,
Nos encontros com formigas,
Não me atacavam nem picavam, eram amigas.
Fui privado de me dar com o mato, desgostoso.
O mato nunca me esqueceu.
Há pouco tempo fiz-lhe uma surpresa, fui vê-lo,
Ele bem me recebeu,
São boas as recordações, não vou esquecê-lo.
Para ter o mato presente,
Irei pintar um quadro para o ver à minha frente.
Ruy Serrano, 13.03.2014, às 11:20 H