MAR BRAVO MAR MANSO
O que se passa contigo, meu mar,
Que andas tão bravo e revoltado,
Será porque te sentes explorado,
Ou por não aprenderes a amar?
Tu sabes que és muito poderoso,
És imenso, passeias pelo Mundo,
Mas não deves ser tão medroso,
Tens valor e coração profundo.
Sempre te amei, contigo brinquei,
Na minha terra, onde me banhei,
Foram os melhores anos da vida,
Que eu vivi com autêntica magia.
Gostava de voltar a ser menino,
Pra brincar, receber teus mimos,
Mergulhar nos braços das ondas
Que me envolviam como sondas.
Acalma, faz as pazes com a vida,
Não sejas egoísta, sê meu amigo,
Ajuda-me a aprender a sobreviver,
Neste mundo vil, sem nada temer.
Acalma a tua fúria, não destruas
As costas de Portugal, as belas
Praias, a areia branca, desnudas,
Por lhes teres causado mazelas.
Ruy Serrano, 04.03.2014, às 10:00 H