ÁGUIA, ATILADA...
 
Tenho cá em minhas mãos
A chave que te faz cativo
Sei que temes meus afagos
Por isso não me atrevo.
 
Como águia que voa alto
Esbelta em seu plainar
Tem medo da caça o rito...
Por talvez não saber alvejar...
 
Espreita a caça acuada
Tem nas garras sua arma
Nas alturas se transborda
Extasia-se por suas plumas...
 
Da paixão tens o olfato
Do paladar a compulsão
Mas quem sabe falto tato
Dispersa a caça na tensão.