ÁGUAS E O CÉU
As folhas cai, não sei por quê
pairando sobre o verde do rio
galhos vazios, as árvores têm frio
quando a chuva fina vem.
As águas banham as pedras
molham a terra ensopada
enquanto o vento é seco
sente sede da água.
O cheiro do outono perfuma
as flores que bordam a nascente
a corrente carrega em seu manto
o pranto de um inverno na enchente.
Negra é a noite nua
que omite o verdejar do mar
que encobre o azulado do céu
sonhando outrora voltar.