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ALTANEIRO
Não nasci em pé de serra:
sou do cume do lugar,
onde o sol abraça a Terra,
além dos níveis do mar.
Nossa litorânea gente
jamais pôs à vista a ponte
que tem o montês, contente,
ao vislumbre do horizonte.
E, serrano, montesino,
filho do topo mais alto,
o mar, já desde menino,
não me bota sobressalto.
Vejo do mar a beleza,
dele a grande imensidão,
mas fascínio, com certeza,
só do meu natal torrão.
Paisagem da minha terra
tem seiva da clorofila,
na natureza se aferra
e não nas águas desfila.
No mar, é falso o verdor,
com o azul faz confusão;
e montês tem mais amor
às planuras do sertão.
Altaneiro, sem empáfia,
tal e qual jovem caprino,
já me desculpo d’audácia
– sou e serei montesino.
Não sou de sopé de serra,
pois digo sem me arvorar;
nasci no clímax da Terra,
além dos níveis do mar.
Fort., 15/02/2014.
ALTANEIRO
Não nasci em pé de serra:
sou do cume do lugar,
onde o sol abraça a Terra,
além dos níveis do mar.
Nossa litorânea gente
jamais pôs à vista a ponte
que tem o montês, contente,
ao vislumbre do horizonte.
E, serrano, montesino,
filho do topo mais alto,
o mar, já desde menino,
não me bota sobressalto.
Vejo do mar a beleza,
dele a grande imensidão,
mas fascínio, com certeza,
só do meu natal torrão.
Paisagem da minha terra
tem seiva da clorofila,
na natureza se aferra
e não nas águas desfila.
No mar, é falso o verdor,
com o azul faz confusão;
e montês tem mais amor
às planuras do sertão.
Altaneiro, sem empáfia,
tal e qual jovem caprino,
já me desculpo d’audácia
– sou e serei montesino.
Não sou de sopé de serra,
pois digo sem me arvorar;
nasci no clímax da Terra,
além dos níveis do mar.
Fort., 15/02/2014.