Vivendo as Estações

Talvez o inverno umedeça

As regiões do meu corpo

E, finalmente, eu possa chorar...

O verão não dá tréguas,

O calor me esquenta o cansaço

E as lágrimas secam, sem arrepios...

Lembro que no último outono

Com as folhas espalhadas pelo chão,

Um vento meio frio sussurrou-me

Que a esperança está enferma

E soluços brandos arrefecem

As perspectivas de um sorriso...

Quiçá a primavera alente o tempo

E através do perfume das flores

Eu possa sentir o odor da alegria

Abafando o pranto e elegendo o riso

Como bálsamo para sufocar as dores,

Só assim é que posso pleitear

Segundos, decerto, da felicidade efêmera...

Eis a vida diante das horas:

Tudo se transforma por encanto!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 27/01/2014
Código do texto: T4666670
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