Um Raiar De Verão
Do meu sono despertei
Ao romper da alvorada.
Ainda com a vista embaçada
Espreguicei-me e levantei.
Abri as folhas da janela
Deixando a luz do sol entrar.
Em minha mente o balançar
Repentino de uma quimera.
Manhã linda de verão
Vem surgindo majestosa,
Com suas vestes calorosas
Recobrindo este chão.
Ouço o cantar das aves
A saudarem o novo dia,
E o balançar das árvores
Referenciando-o com simpatia.
Já de olhos bem abertos
Na janela permaneço,
Extasiando minha mente
Com mais este recomeço.
Há poetas que vão em busca
Da métrica e perfeição.
Buscam, no interior da alma,
O soprar da inspiração.
E o que dizer desta que vem
De encontro à minha janela,
Sensível e feminina
Como a mais linda das donzelas?
Eis aqui minha inspiração,
Rodeada de magia.
Escrevo, pois, com alegria,
Sobre este raiar de verão!