Onde eu Vivo

Eu, sempre escrevo pensando Nas coisas que já vivi

No perdiz, no juriti, Nos bichos se alimentando,

A Corruíra chorando, Sapos coaxando em lagoa,

E um pesqueiro na canoa, Pra pescar um arati,

O Dourado e tambaqui; O tipo da pesca boa.

Na Amazônia, onde eu vivo, De tudo tem com fartura,

Na vertente, a água pura, Mantém o caboclo vivo,

Ali eu não sou cativo, Fico a olhar a beleza,

Lá não se enxerga a tristeza, Os arvoredos sombreando,

O sol, do alto, espiando, Clareando a natureza.

Em tudo se ver riqueza, Da água a agricultura,

E a feliz criatura Enfeita a sua nobreza,

Há confiança e firmeza, Há trabalho e união,

Canta uma linda canção, Onde a vaidade se encerra,

E segue, amando a sua terra, De todo o seu coração.

A floresta verdejante Linda, igualmente a um jardim,

A bela flor do marfim, Parecendo diamante,

O céu, aquece constante, A mata que Deus criou,

Alimentando o calor, Mas a noite, tudo esfria,

Ao raiar, vem a alegria, Enchendo a terra de amor.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 11/01/2014
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