MATA DESVIRGINADA E IMPURA

Há certo encanto

Naquele canto triste

Incerto na mata virgem

Desvirginada e impura

Desencantada e dura

Pássaros tristes e cegos

Gente burra e infeliz

Que procura a felicidade

Fazendo a infelicidade

Daqueles a quem diz amar

Da beira dos rios

A mata subiu os morros

Tentando sobreviver

Mas os homens subiram também

E desmataram tudo

Que na enxurrada vem

E os pássaros fogem

Indo para longe das cidades

Há em Londres lugares

Onde não existem mais pássaros

Há no Brasil (ainda) espaços

Com mais de 150 espécies

Enquanto os homens

Não desmatarem para construir

Sem critérios, sem planejamento

Em nome do lucro desmedido

Por amor ao próximo...

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27.12.13

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 27/12/2013
Código do texto: T4627183
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