Ontem, Hoje, Amanhã

Outrora, vivemos nos campos

Outrora, os bosques ao nosso lado

Outrora, a Terra trabalhada se avizinhava

Da Terra selvagem intocada.

Outrora, nosso ar era puro,

Outrora, víamos mais cores,

Outrora, ouvíamos as vozes

Dos livres pássaros canoros.

Outrora, vivíamos ao ar livre,

Outrora, nossas crianças corriam,

Outrora, dançávamos nas vilas,

Tendo os bosques como testemunha.

Hoje, presos, temerosos,

Desconfiados, teimosos,

Atemorizados, preguiçosos,

Tendo prazer em confortos

Que nunca precisamos antes.

Hoje, com medo de mudar,

Hoje, com medo de crescer,

Hoje, com medo de nós mesmos,

Hoje, com medo de olhar para trás

E reconhecer onde foi que erramos.

Hoje, destruímos a nós mesmos,

Hoje, destruímos nossa terra,

Hoje, destruímos nossos irmãos animais

Hoje, só não tememos destruir

A única casa que todos partilhamos.

Amanhã, o que sobrará?

Amanhã, onde viveremos?

Amanhã, o que beberemos?

Amanhã, sob que céu poderemos nos sentar

para apreciar a majestade das estrelas?

Amanhã, o que comeremos?

Amanhã, que ar respiraremos?

Amanhã, que sorrisos mostraremos?

Amanhã, quando não existirem mais cores na Terra

Nem as vozes dos animais.

Amanhã, nossa Terra estará ferida,

Amanhã, nosso Céu estará escuro,

Amanhã, nosso Mar estará morto,

Amanhã, se não reconhecermos onde erramos,

Amanhã, se não aprendermos o nosso lugar,

Amanhã, se nada mudar,

Amanhã.

Publicado originalmente em barddkunvelin.wordpress.com

Wallace William
Enviado por Wallace William em 26/12/2013
Código do texto: T4625479
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