AS ROSAS
Certo dia, via uma roseira,
desabrochada, uma rosa rubra
com ares de rainha
e de mulher faceira.
Tão bela em seu viço
e em seu frescor
que eu lembrei a mocidade,
também tão bela,
tão deslumbrante,
também sendo flor.
Dias mais tarde, todavia,
despetalou-se a rosa
e, com tristeza de morte
e talvez de pluma,
suas pétalas caíram
uma por uma...
Outra vez lembrei a mocidade,
tão cheia de promessas coloridas,
tão plena de quimeras prazenteiras...
que vão morrendo em nossas vidas,
uma por uma...
como as rosas morrem nas roseiras.