AS ROSAS

Certo dia, via uma roseira,

desabrochada, uma rosa rubra

com ares de rainha

e de mulher faceira.

Tão bela em seu viço

e em seu frescor

que eu lembrei a mocidade,

também tão bela,

tão deslumbrante,

também sendo flor.

Dias mais tarde, todavia,

despetalou-se a rosa

e, com tristeza de morte

e talvez de pluma,

suas pétalas caíram

uma por uma...

Outra vez lembrei a mocidade,

tão cheia de promessas coloridas,

tão plena de quimeras prazenteiras...

que vão morrendo em nossas vidas,

uma por uma...

como as rosas morrem nas roseiras.

Waldy Würdig
Enviado por Waldy Würdig em 22/12/2013
Código do texto: T4621679
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