A Noite não sabe Amar

- Oh! Noite, porque choras

Com duras tempestades

Se as águas não demonstram

O amor que há em ti?

Oh! Noite porque não morres

Para que o dia ame eternamente?!

- Morrerei!

Todo dia e cada noite.

O Sol não toca a noite

Como o amor não me toca.

Que culpa tenho eu

Se me fizeram incapaz de amar?

Tu que és Sol

És também amor

Mas não me tocas

E se vou à tua procura

Foges de mim a cada noite.

Porque devo amar a Lua

Se morro de amor por ti.

A noite que ama o Sol.

O mais impossível dos amores.

- Como, pois, dizes que me amas

Se a cada manhã a ti procuro

E foges de mim tão depressa.

Só ouço teus sussurros

Que irrompem sempre à aurora,

Procuro tu que aqui estava

E deveras já havias ido.

- Se canto o quanto te amo,

Responde-me com o pôr-do-sol.

Me entristeço logo e nada mais vejo,

Nem Lua nem Sol.

E o amor em mim morre.

Não é a noite que não ama

É o Sol que me entristece.

Yenis Ribeiro, 22 de novembro de 2013.

Yenis Ribeiro
Enviado por Yenis Ribeiro em 23/11/2013
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T4582730
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