GAIOLA

Casa indesejada,

Presídio desmerecido,

Condenação injusta,

Réu inocente e sofrido.

Condenação perpétua,

Só por cantar bonito,

Reclusão da liberdade,

Só por um prazer maldito.

O pássaro solitário pula

E pula muito sem parar,

Na esperança de um dia

Ter a chance de voar.

No lamento da vida

E cansado de lutar,

Espia a vida lá fora

E começa a cantar.

Que natureza cruel

Essa natureza do homem;

Que maltrata a natureza

Com essa natureza sem nome.

Autor: Sebastião Santos Silva