Uma estrada
Natureza(mente)
desponta
muito além
resignada
canta
(des)encanta
em verso
e prosa
que dança
lança
ao ouvir
o lamento
da vida...
concebida
sem pecado!
Deixem-me
Natureza(mente)
seguir córregos
singrar mares
correr matas
alçar voos
dormir casta
revoando pássaros
arrancando sementes
brotando
mais vida...
Um caminho
Natureza(mente)
Persigo
Separar
o joio
do trigo
seguir a tribo
dar voltas
ao mundo
num segundo
eriçar espaços
trafegar
sem
embaraços
nas camadas
siderais...
Um horizonte
que não seja perdido
acreditar na vida
E seguir...
em frente
mesmo ausente
Natureza(mente)
chorar ou implorar
para os filhos amados:
Deixem-me
acordar suave
pelas serras e vales
molhar os prados
beber o néctar
da poesia velha
sorver...
demoradamente
o gosto do ontem
que hoje amarga
sangra e sobrevive
da tua piedade
pseudo infante
maldade...
Filhos!
Rogai
Por nós
Tende
Piedade!...