A massa de água salgada, o mar.

No doce momento aumento

pra tudo que se queira ver

em triste hora lamento

do medo que tenho em perder

a tenda do tempo

na terra que quero morrer.

Beleza de cheiro em realeza,

fogo que queima o odor.

Realeza que cheira em beleza,

odor que queima o calor.

Logo vira e traz a princesa

que da mãe terra distante falou.

Da chuva que em vida fria

fizera que os belos sorrissem.

Nos velhos e novos da cria

que na palma da mão aplaudissem

e nos olhos fortes veriam

o sal dessa água e aplaudissem.

Toda a cor que se vê nesse baile

que baila a pele em torpor

e dança na fonte do caule,

na bela que é fonte do amor.

Me apoia, também me ressalve.

A aurora tua é fragor.

Do saber que sobrevém na gente,

nas tuas pontas-faces,

suave convite decente

numa onda quente da tarde

do verão que há tempos se sente

na tarde de sol, oh verdade.

Vivendo voraz vontade

das ondas que me viram,

do sol que eu nunca tiro

no único fim da tarde

e da areia que subiram

os meninos do retiro

que vivem terna saudade.

Oh mar, quanto tempo,

Oh mar, aumenta a saudade.

Oh mar, desatento,

Oh mar, vem ao vento

na direção da cidade

e me invade...