Parque

"Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá..."

Gonçalves Dias eternizou tais versos

Simples... e gigantescos!

Analogamente, vejo concretude por tais versos

No parque amado da CATI Campinas

Na Cidade das Andorinhas

Parafraseio o nobre mestre da Poesia:

"Nosso parque tem palmeiras

Onde canta e se reproduz o sabiá..."

Há de se ter brando coração para emocionar-se

Diante da visão de um filhote de sabiá no ninho

Insetos e até jabuticaba: uma fartura ao diminuto ser!

Lar na árvore, dia após dia, até alçar imperativos voos

É a ordenança pela inadiável voz da Natureza...

Reverberada na verde mancha arbórea do setor da cidade.

No parque da CATI aglomeram-se árvores em diversidade

As tais metaforizam pinceladas em tons de verde

Assim são compostos esplendorosos quadros

E livres das telas estáticas das tradicionais pinturas

Estabelecem expressões tão características em movimentos

Vão interseccionando cenas mui exuberantes, de dia ou de noite

Certamente figurariam nos quadros de algum pintor inspirado!

Os que se enveredam pelas entranhas do parque: privilegiados.

Com olhos atentos, sobretudo com sensibilidade

Agraciados serão pela contemplação digna

De tudo aquilo que à retina se descortina

Sob o espectro ótico, é concedida uma oportunidade

Ensejadas manifestações metafísicas

Visto que a vida vibra em cada sussurrar do vento

Nas asas dos pássaros ou nas copas das árvores.

Se faz generosa na seiva mantenedora que se eleva pelos troncos

Vai pelos galhos alçando a metamorfose bioquímica

Manifesta-se a fotossíntese em suas fases clara e escura

Metaforiza-se o ritmo do alvorecer ao anoitecer no plano botânico

Revelada uma evidente expressão do Criador,

Imbuída de poder, mistério, simplicidade e arte.

É possível que a cada olhar com agudeza

Com certeza teremos uma nítida percepção

Sensação de se encontrar em meio a uma dádiva

Uma dinâmica galeria de arte botânica a céu aberto

Sem pagamento de ingresso...

As obras-primas mantidas com dedicação continuada

Fruto da contribuição de servidores, com ou sem camisas suadas

Ao longo dessa história do parque, os tais impregnaram-se nela

Artistas servidores em prol da continuidade da vida vegetal

Cada exemplar arbóreo é um símbolo de luta pela sobrevivência

É o que dá a riqueza de tonalidades em pinceladas

Representam frações da Arte Superior

Dela fazemos parte e com ela buscamos nos harmonizar.

Há árvores que até sobrevivem às descargas elétricas da natureza

Mas que sucumbem aos poderosos raios destrutivos humanos

É uma premissa para alertar sobre gestos cotidianos

Diminutas ações, objetivando gerar sinergia com nossos semelhantes

Os desdobramentos naturalmente nos tornarão mais conscientes

Nos anos vindouros haverá a perspectiva de uma maior conformidade

Ideal e concepção original do mentor e arquiteto botânico Dr. Hermes

Legado desde a implantação deste singular patrimônio botânico.

Augusto Matos
Enviado por Augusto Matos em 10/11/2013
Código do texto: T4564423
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