ÁUREA HORA

ÁUREA HORA

Obrigado manhã, quieta e calma

Saúdo-te vivo, refeito em despertar

Descansado o corpo, incansável a alma

Pronto novamente ao fardo carregar

Grato em demasia, te agradeço aurora

Já regojizado pelo teu aceite

Deste-me o sossego da inquieta hora

E, sem quem eu pedisse, o maior deleite

Ah prazer imenso, poder transbordar

O grito profundo deste interior

Que ousado ajunta como a imaginar

Este sangradouro suave e sem dor

Letras tortuosas que mágicas desfilam

Brotando da folha como a plantação

Que teimosa irrompe da cansada terra

Conferindo vida ao árido sertão

Licença solene, soberba natureza

Para um elogio poder te render

Sem afrontar poetas que com mais beleza

Entre assobios, te quiseram ter

Perdoem por fim o atrevimento

Do falso poeta que penoso insiste

Em falar de amor, dor e sofrimento

Na vã tentativa de não mais ser triste

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A seguir a valiosíssima contribuição do mestre Secundino que deveria chamar-se "Primoroso", pelo seu escrever majestoso .

__Poesia é exatamente isso, e poeta é esse ente quase sobrenatural que sempre saberá falar aos rochedos, dançar com os ventos, cantar com os pássaros, voar com as borboletas, namorar a lua, confundir-se com o luar, conversar com os buritis, contar as gotas da chuva e as estrelas do céu, brilhar como o sol, e naturalmente exaltar o amor à natureza e à vida...

( Henrique Secundino )

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 06/11/2013
Reeditado em 10/01/2014
Código do texto: T4558784
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