Bebi do ventre da terra
A poesia mais pura
Sorvi o néctar das flores
Bebi a seiva dos amores.

Fui mãe e fui terra
Bebi luz e quietude
Fiquei encantada
Tomei banho de chuva
E vivi com as saúvas.

Nas folhas alecrim dormi
Perfumada sob as flores
Dulcíssimas, que colhi...
Na hora dos segredos
Paradisíacos - Desejos...

Ao beber a essência telúrica
Tornei-me rainha e rei
Dividi com os bichos
Plantas e seres
Aves e homenzinhos
Nesse paço encantado...

Agora fecundada me fiz
Parte de um todo refiz
Agora posso sentir
A força do universo
Brotar de dentro de mim...

Numa força sobre-humana
Ao cingir estrelas, noites, e dias
Numa incomparável harmonia
Nas teias versadas do tempo...
Ao romper de cada novo dia!


 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 04/11/2013
Código do texto: T4555937
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