A Revelação de Grandes Segredos
O Décimo Primeiro Segredo.
São vários grandes segredos.
Construídos ao longo.
De vinte e seis séculos.
Poucos homens tiveram.
O privilégio de sabê-los.
Muitos deles apenas aspectos.
Fragmentos de um pequeno espaço.
Entre eles Nietzsche talvez.
Intuição de um dos segredos.
Aristóteles a imaginação.
O mundo tem dez grandes segredos.
Hegel descobriu um deles.
O mais simples de todos.
Provavelmente Marx outro.
Darwin descobriu o principal.
O grande mistério.
A ideia que a vida surgiu da terra.
Mas o maior de todos os segredos.
Foi descoberto por Edjar.
Num toque de mágica.
Na mais pura exuberância.
A origem da matéria.
Surgiu da antimatéria.
O princípio fundamental.
Composto pela inexistência.
O que significa que o nada.
Conseguiu fazer-se.
Como a grande realidade.
O infinito vazio e indefinido.
Produziu pelo frio a complexidade.
Dos universos contínuos.
Esse é o principal segredo.
O primeiro deles.
Motivo pelo qual.
Tudo que existe.
Só existe para efetivar a grande.
Realização cósmica.
Quando se trata da terra.
A razão de todas as coisas.
Em particular.
É voltar ser a natureza.
É desse modo tudo.
A árvore.
A pedra.
Também o homem.
Esse é segundo grande segredo.
A realização da natureza cósmica.
O terceiro.
Bem menos complexo.
Tudo que existe.
Tem a mesma finalidade.
Valor igual para a natureza.
Do homem ao cabrito.
Do lixo a radiação cósmica.
Dos vírus as bactérias.
O quarto quando segredo.
Mérito de Darwin.
Todas as formas de vida.
Originaram de uma célula mater.
Que na evolução e superação.
Dos elos biologicamente históricos.
Diversificaram as formas de vidas.
Com efeito, tudo é a mesma coisa.
Existe apenas uma substância.
O que diferencia são as formas.
Apresentadas.
Mérito de Aristóteles.
O quinto grande segredo.
Na perspectiva da evolução.
Tudo que existe transforma se em elo.
O deixa de ser.
Para que possam surgir outras espécies.
Desse modo consecutivamente.
Então tudo que existe.
Terá que desaparecer.
O mundo e tudo nele.
São constantes superações.
Motivo pelo qual Hegel.
Tinha evidentemente razão.
O sexto grande segredo.
Naturalmente que não existe deus.
O Mundo criou a si mesmo.
Pela lógica do nada.
E pela mesma lógica.
Todas as coisas serão.
Eternamente eliminadas.
O sétimo grande segredo.
Tudo que existe não tem finalidade.
Não existe uma razão.
Para alguma coisa ser.
Ou não ser.
Ser e não ser é a mesma coisa.
Nesse sentido Nietzsche tinha razão.
Tudo é sem finalidade.
Ilógico.
Completamente irracional.
O oitavo segredo.
A razão foi uma produção do erro.
Fruto da linguagem.
Um grupo de hominídeos.
Na sua forma de chimpanzé.
Presos as savanas.
Com a ausência de árvores.
Por um fenômeno Geoastrofísico.
Tiveram que erguer a cabeça.
Como forma de defesa.
Ver a distância seus inimigos.
Ao fazer isso constantemente.
Ficaram eretos.
Desenvolveram o fenômeno.
Do bipedalismo.
Esse fenômeno possibilitou.
O desenvolvimento das cordas vocais.
Que desencadeou na linguagem.
Sendo que mesma inventou a razão.
Sendo a referida responsável.
Pelas fabricações ideológicas.
O nono segredo.
Todas as formas de matéria.
Que constituem em universos contínuos.
São sustentados pelo hidrogênio.
De grandes e pequenas estrelas.
Algumas denominadas de sois.
Sendo que os mesmos.
Queimam diariamente suas energias.
Esgotadas transformam.
Em buracos negros.
Quando termina o hidrogênio.
Acaba toda possibilidade.
Da existência.
De todas as formas de vida.
O décimo segredo.
Com o término do hidrogênio.
O universo.
Tornará intensamente escuro.
Com elevada temperatura negativa.
Então o gelo predominará.
Na sua infinitude.
Preenchendo o mesmo.
Iniciará uma nova revolução.
Continuamente esse mecanismo.
A decilhões e decilhões de anos
Trilhões de big bangs.
Criando novos universos contínuos.
Assim consecutivamente.
Desde o princípio.
Essa lógica se repetindo.
Indefinitivamente.
Sem nenhuma razão de ser.
Tudo que existe são apenas.
Micro partículas dessa magnífica.
Eterna repetição.
Razão pelo o qual o tempo não existe.
Muito menos o homem.
Sequer a sombra da sua alma.
Então existe um décimo primeiro segredo.
O qual será revelado nesse poema.
O tempo é apenas uma convenção.
Ideológica.
Nominalisticamente.
A realidade dele é inexistente.
Motivo pelo qual o universo.
Cria, recria e acaba.
Renascendo de novo.
Interminavelmente.
Como se fosse para a natureza.
Uma inexaurível punição.
Observação: Tudo que sonhei foi escrever esse poema desse modo, com essa formulação, compreendido exatamente dessa forma, estudei muito, li quatro mil livros, para poder entender essas ideias, e, durante muitos anos tive que ficar no silêncio, para não ser considerado louco. Se bem que sou entendido um pouco atípico, naturalmente.
A única pessoa com quem podia compartilhar essas ideias foi como o meu pai, senhor Nicomedes Costa de Vasconcelos da cidade de Itapagipe Minas Gerais, sempre surpreendido me dizia, Edjar tudo isso é muito esquisito.
Respondia a ele, o que é surpreendentemente mesmo, é a cultura enganadora que o mundo formulou como ideologia para explicação de tudo. Nicomedes nunca pode ver esse poema elaborado como está, portanto, dedico a ele a minha imortal homenagem.
Edjar Dias de Vasconcelos.