Flores sobre o chão: mortas, amontoadas...

Ainda ontem à noite

Sonhei com a primavera...

Tinham tantas flores sobre o chão

A maioria machucada

Pareciam cansadas, sem forças

Sem cor original... Verde...

Leves, iam sendo levadas

Pelo vento sem um pingo de resistência

Algumas aparentemente mortas

Outras já sem vida, apenas estendidas

Amontoadas, parecia suicídio coletivo

Á luz do dia, aos olhos dos passantes.

O tempo moderno as infernizara

Assustadas, não suportaram a violência

Não conseguiram se firmar

De maneira inabalável

Na ferocidade vinda na estação.

A chuva caída não era novidade

Fazia parte do contexto...

Na época esperada...

O sol exibia os raios

Favoráveis com força, luz...

Mas, a terra em estado

Infértil não resistia...

Os mistérios são para serem desvendados...

Não são mistérios... Pouco caso mesmo.

Enquanto o homem insosso, luta

Pelo 14º, pelo 15º, pelo mensalão

A terra se destrói... Aos nossos olhos.

Uma pena, quantas flores

Sobre o chão: mortas

Amontoadas... Na primavera!

Cromeu
Enviado por Cromeu em 19/10/2013
Código do texto: T4531806
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