Flores sobre o chão: mortas, amontoadas...
Ainda ontem à noite
Sonhei com a primavera...
Tinham tantas flores sobre o chão
A maioria machucada
Pareciam cansadas, sem forças
Sem cor original... Verde...
Leves, iam sendo levadas
Pelo vento sem um pingo de resistência
Algumas aparentemente mortas
Outras já sem vida, apenas estendidas
Amontoadas, parecia suicídio coletivo
Á luz do dia, aos olhos dos passantes.
O tempo moderno as infernizara
Assustadas, não suportaram a violência
Não conseguiram se firmar
De maneira inabalável
Na ferocidade vinda na estação.
A chuva caída não era novidade
Fazia parte do contexto...
Na época esperada...
O sol exibia os raios
Favoráveis com força, luz...
Mas, a terra em estado
Infértil não resistia...
Os mistérios são para serem desvendados...
Não são mistérios... Pouco caso mesmo.
Enquanto o homem insosso, luta
Pelo 14º, pelo 15º, pelo mensalão
A terra se destrói... Aos nossos olhos.
Uma pena, quantas flores
Sobre o chão: mortas
Amontoadas... Na primavera!